Ergue a taça do mistério revê todos os critérios o conhecimento não importa deixa aberta a tua porta ao desconhecido em cada tempo aí estará o teu contentamento na descoberta de cada dia na vivência do que não havia...
Claramente o óbvio expressamente o vazio usado para preenchimento o nada assume o todo a inutilidade tornada útil ao interesse de alguns sem interesse
O medo do risco atravessa a mediocridade da passividade a calma da ausência precede a presença do sonho a satisfação de quem não sente é o sono profundo
As lágrimas escorrem dos meus olhos como uma fonte de saudades passadas e futuras cujo sentido está numa existência imaginada no pulsar da massa branca na confusão emocional dentro do ventre da mãe do esquecimento
A dor que sinto ao não sentir a impotância do que, verdadeiramente, faz sentido...
Um peso nos olhos Um brilho lunar Um estranho sinal Um sonho calado Um toque a despertar Um canto de encontro Um sono sem repouso Um som sem retorno Um orgasmo mudo Um silêncio revelador Um momento para falar Um segundo para pensar Um decisivo regresso Um lugar para morrer Um denominador comum Um mínimo divisor Um punhal decidido Um parâmetro impossível Um ilusório sentido Um divagar sem destino Um estranho ao relento Um sentimento fora de tempo Um deslocado argumento Um difícil testamento Um grito adiado Um retorno sem glória Um homem sem memoria Um passado forjado Um desejo furtado Um presente esquecido Um cavalo sem crina Um grande inventário Um pequeno mistério Um ponto final.